domingo, 6 de novembro de 2011

Leque

           O Leque foi muito usado no Barroco, pelas damas da Corte, sendo este mais um dos elementos usados na representação que se vivia nesta época. Por este motivo pensei que fosse interessante dar a conhecer um pouco da sua história.

            Alguns autores defendem a ideia que o leque surgiu no Japão, entre os séculos XI a XVIII. Outros, situam o surgimento do leque quase ao mesmo tempo do surgimento do homem, e muitos são os mitos e lendas que tratam a sua origem, assim como diferentes povos se dizem responsáveis pela criação deste acessório.
As lendas mais conhecidas…
            Dizem que Cupido, o deus do amor, inebriado pela beleza de sua amada Psique, furtou uma asa de Zéfiro, o deus do vento, para refrescar sua amada enquanto dormia.
            A versão chinesa atribui a Kan-Si, filha de um poderoso mandarim, a criação do leque, uma vez que, não conseguia suportar o calor durante um baile de máscaras, e não lhe sendo permitido expor seu rosto aos olhares indesejáveis, serviu-se do leque para se abanar, tendo sido o seu gesto  imitado por outras damas do baile.
           
           Foi nos séculos XVII, XVIII e XIX que o leque se tornou um complemento indispensável à vaidade feminina, invadindo salões e despertando paixões.
            É neste contexto de luxo e sedução que no século XVIII toma força a "Linguagem do Leque". Esta era um complicado sistema de posições e gesticulações que possibilitavam as damas se comunicar e namoriscar com os cavalheiros.

Eis uma frase de Madame de Stäel, uma dama da sociedade francesa, a respeito do leque:
"Há tantos modos de se servir de um leque que se pode distinguir, logo à primeira vista, uma princesa de uma condessa, uma marquesa de uma routurière. Aliás, uma dama sem leque é como um nobre sem espada."

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